Electrelane. Para a maioria dispensa apresentações. Uma banda inglesa, que conhece o principio no ano de 1998. Uma banda singular, composta por quatro mulheres, Verity Susman, Emma Gaze, Mia Clarke e Ros Murray. A sua música era de bradar aos céus. A guitarra, ora calma, ora distorcida, a musica quadrada, simples, ora leve, ora densa, picos de energia, e vales (The Valleys, diria até) sonoros, o acompanhamento de uma bateria simples e absolutamente fascinante, e, sobretudo, o uso de um(a, corrijam-me os 'sabedores' do género do instrumento) Farfisa, um pequeno orgão, que marca, indubitávelmente, a sonoridade das meninas demarcadamente geniais de Brighton. Esta banda é uma referência musical a todos os niveis.
Agora vou-vos confessar uma grande tristeza. Estas meninas vieram ao Paredes de Coura a pensar 'Epa, vai lá o Luis , vamos dar lá dar um saltinho e tocar-lhe a Bells, que ele gosta muito'. Eu, claro, fiquei ' imenssissimamente ' satisfeito quando a Susman me disse isso, de facto, gosto muito da música. Mas, devido a incidentes de todo o genero e feitio que nesse dia tomaram lugar, o Luís chegou ao recinto, e os Electrelane estavam a sair do palco. Ainda tive tempo para ver o cabelo loiro delas a esvoaçar para dentro do backstage. Com isto, desmoronou-se o sonho de alguma vez ver os Electrelane ao vivo.
Em Novembro passado, entraram em hiatus indefenido. Será que vamos ter Electrelane de volta? Se sim, vai voltar a tao amada Farfisa, e a Bells ao vivo (!). Se não... se não, o Mundo acaba de perder uma das melhores bandas da actualidade.